Dezenas de pessoas representantes de movimentos populares da região do Xingu interditaram, por volta das 5h da manhã de hoje (20), a rodovia Transamazônica, a 40 km de Altamira, próximo ao local onde será o canteiro de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Ontem, mais de 200 pessoas fizeram uma vigília de duas horas em frente ao prédio da Eletronorte, que fica na orla de Altamira. “Não vamos permitir a execução desse crime à natureza”. Estes eram os dizeres de uma das faixas levadas por manifestantes à vigília.
A manifestação teve orações, cânticos e discursos. Estiveram presentes, ribeirinhos, índios, estudantes e representantes de entidades ambientalistas. Cada pessoa recebeu uma vela, que foi acesa, simbolizando que se a hidrelétrica for feita, será a morte do rio.
Para o coordenador do Movimento Xingu Vivo, Marcelo Dias, os protestos sempre aconteceram e vão continuar enquanto durar o processo. “Nosso movimento está crescendo. Isso mostra que estamos no caminho certo. Vamos continuar lutando”.
O representante dos movimentos sociais, Lázaro Verçosa, disse: “O formigueiro se assanhou. Aí a gente se levantou e vamos pra luta até o fim. O Xingu é nossa maior riqueza”. (Diário do Pará, de Altamira)