As lideranças realizam o protesto com o corpo todo pintado de preto.
O serviço de travessia da balsa no Rio Xingu operado pelos índios do Parque Nacional do Xingu está parado. A paralisação do serviço foi decidido por lideranças indígenas do Parque Nacional do Xingu em protesto à construção da Usina de Belo Monte em Altamira do Pará. As lideranças realizam o protesto com o corpo todo pintado de preto.
A travessia liga São José do Xingu a outros municípios de Mato Grosso e também do Pará. A balsa tem capacidade para 300 toneladas (o equivalente a quatro carretas) e atende aos usuários da BR-080 na travessia do Xingu, sendo utilizada principalmente para o escoamento da produção e transporte de gado para frigoríficos.
O cacique kaiapó Megaron Txcurramãe disse que muitos desistiram de usar o serviço porque desde a quarta-feira foram informados que a balsa "não ia funcionar". Para evitar maiores "confusão", as lideranças encaminharam uma carta à Polícia Militar de São José do Xingu para que "segure os carros para não descer até a balsa e evitar que algum nervoso crie problemas", disse Megaron. (O Liberal)